Passando pelo mesmo caminho que passaram a gente vinda de todo o Sertão, há mais de trezentos anos. Portugueses, cristãos-novos, africanos, guaianás… Sonhos e maldições cruzando, quimeras e decepções, ganância, farejo, poder, crenças, aventura, suor, escravidão… Tudo se encontrou nesta paragem colonial, sobre a “antiga serra”.
Quando as duas igrejas barrocas despontam na paisagem urbana, dominando e marcando o logradouro, sabemos que a estrada é real. Seguindo em frente, chega-se ao mar, a Paraty. Retrocedendo, serra abaixo, a Guaratinguetá ou até Taubaté. Cunha ficava no meio do caminho, não exatamente na metade.
Em Cunha, qualquer deslocamento no espaço também é uma viagem no tempo. Há história por todo lugar.